sexta-feira, 7 de outubro de 2016

VASO TAÇA DE PÓ DE MÁRMORE E DRACENA RUBRA


VASO COM AMOR-PERFEITO


BRUGMANSIA ROSA


JARDIM COM LUMINÁRIAS


FONTE USANDO PNEU VELHO


TÉCNICA KINTSUGI DE RESTAURAÇÃO





RESTAURANDO VIDAS (J.F.de ASSIS)



A palavra restauro é, etimologicamente, uma derivação de restaurar; por sua vez, o verbo restaurar vem do Latim restaurāre. Restauro é ato ou efeito de restaurar; restauração; trabalho de recuperação de obras de arte, construções, etc., danificadas ou desgastadas; e reparação; conserto.

conservação e restauro de obras de arte é uma atividade que tem por objeto a reparação ou atuação preventiva de qualquer obra que, devido a sua antiguidade ou estado de conservação, seja necessária uma intervenção para preservar sua integridade física, assim como seu valor artístico, respeitando ao máximo a essência original da obra. Na opinião de Cesare Brandi, "o restauro deve se dirigir ao reestabelecimento da unidade potencial da obra de arte, sempre que isso seja possível sem cometer uma falsificação artística ou uma falsificação histórica, e sem apagar pegada alguma do transcurso da obra de arte através do tempo.

Na arquitetura, o restauro é apenas do tipo funcional, para preservar a estrutura e unidade do edifício, ou reparar rachaduras ou pequenos defeitos que podem surgir nos materiais. Até o século XVIII, os restauros arquitetônicos só preservavam as obras de culto religioso, dado seu caráterlitúrgico e simbólico, reconstruindo outro tipo de edifício sem respeitar sequer o estilo original. Por fim, desde o auge da arqueologia ao final do século XVIII, especialmente com as escavações dePompeia e Herculano, se tendeu a preservar a medida do possível qualquer estrutura do passado, sempre e quando tivesse um valor artístico e cultural.

Ainda assim, no século XIX os ideais românticos levaram a buscar a pureza estilística do edifício, e a moda do historicismolevou a planejamentos como os de Viollet-le-Duc, defensor da intervenção em monumentos com base em um certo ideal estilístico. Na atualidade, se tende a preservar ao máximo a integridade dos edifícios históricos.

Na área da pintura, tem evoluído desde uma primeira perspectiva de tentar recuperar a legibilidade da imagem, acrescentando se fosse necessário partes perdidas da obra, a respeitar a integridade tanto física como estética da obra de arte, fazendo as intervenções necessárias para suas conservação sem que se produza uma transformação radical da obra. A restauração pictórica adquiriu um crescente impulso a partir do século XVII, devido ao mal estado de conservação de pinturas a fresco, técnica bastante corrente naIdade Média e no Renascimento.

Do mesmo modo, o aumento do mercado de antiguidades proporcionou a restauração de obras antigas caras a sua posterior comercialização. Por último, a escultura tem sido uma evolução paralela: desde a reconstrução de obras antigas, geralmente em relação a membros mutilados (como a reconstrução doLaocoonte em 1523-1533 por parte de Giovanni Angelo Montorsoli), até a atuação sobre a obra preservando sua estrutura original, mantendo em caso necessário um certo grau de reversibilidade da ação praticada.

Pode remontar-se a preocupação com a conservação do património histórico e cultural à Idade Antiga, quando, no Império Romano, o imperador Alexandre Severo, no século III, determinou a aplicação de multas a quem adquirisse uma casa com o a finalidade de demoli-la. O Império Romano possuía um código de posturas que visava a conservação da imagem da cidade. Essa preocupação transmitiu-se ao Império Bizantino, que, já ao final do século IV, possuía leis que proibiam a desfiguração das fachadas e dos seus ornamentos.

No início da Idade Moderna, no período do Renascimento Italiano, conhecem-se novas medidas de proteção do património, por iniciativa da Igreja, visando a conservação de documentos e dos seus edifícios. Mais tarde, durante o barroco, tiveram  lugar obras de conservação e reconstrução de antigos castelos e catedrais, tanto na Alemanha quanto na Itália.Na França, à época da Revolução Francesa, publicou-se um decreto que considerava propriedade pública todas as antiguidades nacionais.

No início do século XIX, na Alemanha, existiu uma resolução de proteção ao património, legislação essa ampliada no início do século XX. A moderna legislação sobre o tema, entretanto, iniciou-se em outubro de 1931, com a chamada Carta de Atenas. Deste então, mais de quatro dezenas de normas de conduta internacionais voltadas para a preservação do património histórico e cultural tem sido publicadas.

O Kintsugi é uma técnica japonesa de restauração de cerâmica, que quer dizer: colagem com ouro. Diz-se que tudo começou com o shogun Ashikaga Yoshimasa que enviou para a China, para que lá fosse consertada, uma peça de cerâmica que havia se quebrado. Seu vasilhame voltou arranjado, mas tinhas uns grampos feios de metal que ademais tornaram o pote inservível e tosco. Descontente, incumbiu alguns de seus comandados que encontrassem artesãos japoneses que tivessem uma melhor solução, desenvolvendo assim uma nova forma de consertar cerâmica. Mas, quando a peça retornou o reparo era tão feio que ele pediu que artesãos japoneses refizessem tal restauração. Foi então que os artesãos, imbuídos do espírito zen budista de mushin, desapego e aceitação, consertaram a peça utilizando uma mistura de laca e pó de ouro.

O sucesso do kintsugi foi tal, que alguns colecionadores japoneses foram acusados de quebrar deliberadamente valiosas cerâmicas, só para consertá-las com ouro. Uma técnica muito valorizada que converte objetos quebrados em verdadeiras obras de arte, o kintsugi acrescenta um novo nível de complexidade estética às peças consertadas. Faz com que antigas vasilhas coladas sejam ainda mais valorizadas do que as que nunca se quebraram. Como se estivessem costuradas com fio de ouro maciço por um ourives, as peças que podiam ter acabado no lixo renascem ainda com mais beleza. Em uma grande ironia nesta época de usar e jogar no lixo.

Na cultura japonesa, as peças que recebem esta reparação comumente são mais valorizadas que as que estão intactas. Isso por que sua estética trabalha mais com questões como a transitoriedade e a impermanência do que com a beleza propriamente dita.  Ao invés de se envergonhar pelas “feridas” expostas, eles as embelezam para que sejam uma celebração constante da vida cotidiana. Dos pequenos e grandes erros que cometemos e da possibilidade que temos de aprender com isso.  Ao contrário de nós que queremos sempre que as coisas voltem a ser como novas, eles querem mostrar que parte do nosso legado é aquilo que tentamos esconder com mais determinação: as nossas falhas e defeitos.

“Ele não quebrará a cana rachada e nem apagará o pavio que fumega” (Isaías 42:3) No livro de Isaías está escrito que “Ele (Jesus) não quebrará a cana rachada e nem apagará o pavio que fumega” (42:3). Esses dias li um comentário incrível sobre esse versículo onde dizia que naquele tempo as crianças brincavam de fazer flauta usando pequenos pedaços de junco que encontravam no meio das plantações de cana. Mas, enquanto tentava fazer os buracos da flauta de brinquedo, muitas vezes, a cana se rachava e eles a jogavam fora, pois havia centenas de outros pedaços que poderiam utilizar.

Outra figura tinha haver com pavios de fios de linho, que as donas de casa utilizavam para iluminar o ambiente. O pavio era colocado em um jarro com azeite e aceso. Quando o azeite acabava e o pavio fumegava, um mau cheiro era exalado. Neste momento a dona de casa pegava aquele pavio fumegante e jogava fora, pois ela tinha muitos outros fios dentro de casa.

Essas figuras, usadas por Isaías, tem a ver com o Messias que ele anunciava. Mas, usando essas figuras para nossa própria vida, podemos dizer que Deus nos toma, muitas vezes, como canas rachadas, mas não nos descarta. Ás vezes, somos rachados por causa dos processos de relacionamentos, das aparentes “perdas”, dos desafios pelos quais estamos vivendo, das impossibilidades, mas Ele nos restaura. Deus pode fazer de nossa vida, ainda que ela esteja como uma cana rachada, um instrumento de sua orquestra.

Outras vezes parecemos pavios fumegantes, apagados, exalando o mau cheiro do desânimo e do pessimismo. Mas não seremos jogados no lixo da existência. Pelo contrário, Deus pode reascender em nós uma nova luz, uma chama de amor, de otimismo, de vida. De alguma maneira maravilhosa, Deus pode transformar os piores momentos de nossa vida em momentos maravilhosos. Ele recupera o nosso senso de autoestima, de valor pessoal, de que somos amados e podemos amar.

Deus não descarta você, Ele pode restaurar o que seus olhos naturais não podem ver, Ele é o Deus do impossível, é o Deus que abriu o mar para Moisés, que livrou Daniel da cova dos Leões, é o Deus de ontem, de hoje e para sempre. Ele pode fazer de você de uma cana rachada, uma vida restaurada. Ele pode fazer de você, de um pavio fumegante, uma chamar ardente.

O que está rachado em sua vida? Sua família? Suas amizades? Seu coração ferido? E o que tem sido apagado em você? O seu ministério? Os seus talentos? Não limite o poder de Deus ao que as circunstâncias dizem sobre a sua vida. Nós não cremos em circunstâncias, cremos em um Deus vivo e fiel, que faz nova todas as coisas. Se lance no Senhor, lance toda sua vida, lance todas as suas ansiedades, lance todos os seus medos, lance sua família, lance tudo, pois aquele que começou a boa obra na minha e na sua vida, terminará.
 Deixe-o então restaurar a sua vida, pois aquilo que perdido foi, não se compara com o que há de vir. “Mas, como está escrito: As coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. ”  (I Coríntios 2:9)


sábado, 17 de setembro de 2016

ENDEMONIZAÇÃO E O CRISTÃO




    A Palavra de Deus afirma que todo cristão está em uma frequente batalha, as afirmações do apóstolo Paulo em Efésios deixam claro para nós que esta batalha não é contra seres humanos, mas sim contra principados e potestades, contra os dominadores deste sistema mundial em trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais (Efésios 6:12). As afirmações de Paulo nos levam a uma certeza: o crente está numa batalha espiritual. Entretanto, o grande questionamento é: em que proporções essa batalha ocorrequal é de fato a relação do cristão nela em função de sua vida no mundo

Este assunto é bastante extenso, há um número corriqueiro de literaturas que tentam explicar, algumas de forma até fantasiosa, esses mistérios envolvendo o mundo invisível, há também, por outro lado, um vasto número de experiências empíricas que produzem as mais diversas conclusões a respeito do assunto. Entretanto, propomos no presente artigo uma análise a respeito da atuação de Satanás na vida do cristão. Teria ele poder de possuir um crente salvo em Jesus? Teria ele o poder de ocasionar doenças em um crente salvo em Jesus, levando-o até mesmo à morte?

Quais as implicações da graça de Deus e do sacrifício na cruz de Jesus na vida daqueles que são lavados no sangue de Cristo? Há um movimento, chamado movimento de batalha espiritual, que acredita que a resposta para essas questões é sim. Acreditam que um crente, mesmo sendo fiel a Jesus, pode sim sofrer ataques e até mesmo possessão demoníaca. Infelizmente, boa parte dessa literatura se baseia no empirismo, ou seja, baseia-se em experiências vividas, em relatos de pessoas endemoninhadas e coisas do gênero. Mas, biblicamente temos razões para acreditar que a resposta para tal possessão (de um crente fiel a Cristo, lavado pelo seu sangue na cruz) seja não

A morte de Cristo na cruz inaugurou uma nova etapa para a vida, a etapa da cruz. Na cruz Jesus conquistou uma nova vida para o crente e promoveu um resgate das trevas, porque “sabemos que os filhos de Deus não continuam pecando, porque o filho de Deus os guarda, e o Maligno não pode tocar neles” (I João 5:18). De igual modo, os reformadores possuíam uma convicção firme a respeito disso. Martinho Lutero, em sua poesia Castelo Forte cantada no Brados de Júbilo, afirma: “Se nos quisessem devorar demônios não contados, não nos podiam assustar, nem somos derrotados. O grande acusador dos servos do Senhor já condenado está; vencido cairá por uma só palavra”.

            Os cuidados que precisamos ter nessa questão são dois: o primeiro é o de não superestimar as atitudes de Satanás, dando ênfase demasiada às suas atitudes; o outro é não subestimar, pensar que Satanás não existe. A existência de Satanás é algo concreto. No livro do Gênesis, no capítulo 3, é-nos contado que esse ser já atuava desde o início da criação. No entanto, nas páginas do Antigo Testamento, sua ação parece não ganhar muito destaque. Esse assunto não parece despertar grande interesse nos autores do Antigo Testamento. Devido a isso, são poucas as passagens relevantes.  Uma das únicas passagens que parece apresentar a ideia de possessão no Antigo Testamento é o caso de Saul, no capítulo 16 do primeiro livro de Samuel (não estamos afirmando aqui que o caso de Saul fosse de possessão, mas apenas uma referência que pode apresentar uma ação de Satanás; ao que tudo indica, o caso de Saul era de opressão, e não de possessão). A situação, no entanto, parece mudar nas narrativas dos evangelhos, onde os demônios aparecem atuando mais claramente.

A manifestação explícita da ação de Satanás e de seus demônios se dá com a chegada de Cristo e com a inauguração do Reino de Deus. Na chegada do Reino de Deus através de Jesus, a ação de Satanás e de seus demônios não só é revelada como desafiada. Toda estrutura demoníaca é exposta e combatida por Jesus. Os evangelhos utilizam normalmente a palavra grega daimonion ou daimon, que se referem a seres espirituais hostis a Deus e aos homens. São espíritos maus, que atuam sob o comando de Satanás. São espíritos destituídos de corpo físico, tendo a capacidade de entrar numa pessoa. 

Costumeiramente tem-se a tendência de dizer que a ideia de possessão era a maneira do povo do primeiro século referir-se a condições que hoje seriam chamadas de enfermidades mentais ou loucura. No entanto, os relatos dos evangelhos parecem fazer uma distinção clara entre doença e possessão. Por exemplo, Mateus 4:24 diz-nos que eram trazidos “todos os que estavam padecendo de vários males e tormentos: endemoninhados, epiléticos e paralíticos”. A ideia de possessão na Bíblia tem a ver com o fato de uma pessoa ser tomada, ser habitada por um demônio. O termo utilizado para expressar essa ideia de possessão vem do grego Daimonizomai, ser possuído por demônio, ser endemoninhado, agir sob o controle de um demônio. Segundo o dicionário VINE, aqueles que são afligidos dessa maneira expressam a mente e a consciência do demônio ou demônios que neles habita (Lucas 8:28). O termo aparece 7 vezes em Mateus, 4 em Marcos, uma vez em Lucas e João. 

A Bíblia não informa sobre as condições que possibilitam uma pessoa ficar possessa, Cristo nos fala em Mateus 1:44,45 que uma “casa vazia” pode ser ocupada. Podemos entender, através dos termos utilizados, que a ideia de possessão tem a ver com a habitação. O cristão é templo, habitação, morada do Deus Trino (João 14:16,17); (22,23); (I Coríntios 6:19), sendo assim, podemos deduzir logicamente que quem não tem a santa Trindade vivendo nele, está sujeito a ter como hóspede a Satanás (Mateus 12:43-45); (Lucas 11:24-26). Não queremos dizer com isso que todo não crente está possesso, mas que a possessão ocorre na casa vazia, onde a santa Trindade não habita.

Os demônios agem também através da influência demoníaca. A influência ocorre fora do corpo. A ideia de influência é muito clara na Bíblia. Satanás influencia Eva, sopra-lhe ideias que a levam a ir contra a ordem de Deus (Gênesis 3:1-5). Ele também influencia Davi, levando-o a fazer um recenseamento do povo (I Coríntios 21:1). Na tentação de Jesus, todo o esforço de Satanás é de influenciá-lo a tal ponto de fazer com que ele caísse em suas propostas.

Satanás e seus demônios não podem possuir ou tomar o corpo dos crentes em Jesus, pois estes são moradas da Trindade. No entanto, ele pode influenciá-los, levando-os a pecar no intuito de afastá-los de Deus. A Bíblia nos orienta a resistir ao Diabo (Tiago 4:7); (I Pedro 5:8,9). Cada vez que um crente defende ou toma para si ideias malignas, seja em sistemas políticos, religiosos, artísticos, culturais, ele está sendo influenciado por Satanás, mas não possuído.

Que um verdadeiro cristão, um nascido de novo, não pode ficar possesso isso é inquestionável. “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não está no pecado; aquele que nasceu de Deus, Deus o protege, e o Maligno não o atinge”, (I João 5.18). Porém, a garantia de proteção é condicional: não estar no pecado, também conforme (I João 1:7): “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado”.

Quando não andamos na Luz, nós nos afastamos da comunhão e da proteção, mesmo frequentando a igreja. Com isso não estamos dizendo que qualquer crente em Jesus que pecar pode ficar possesso, o fato de o crente cair em pecado não dá o direito de o inimigo possuí-lo. O que queremos dizer com o “deixar de andar na Luz” é o mesmo que apostasia, quando o crente peca de forma deliberada e não busca o arrependimento. Para entendermos melhor, gostaria de traçar aqui um paralelo entre o herege e o apóstata. O herege é alguém que caiu em algum tipo de erro doutrinário, por consequência comete erro em sua conduta moral. Mais de modo geral continua sendo discípulo de Cristo, podendo ser restaurado. Em (Tito 3:10), o apóstolo Paulo indica que há possibilidade de recuperação no início. 

Segundo Champlin, na igreja pós-apostólica alguém era considerado apóstata mediante a renúncia da fé ou mediante o lapso moral, por haver cometido grandes pecados conscientemente e deliberadamente como o adultério e homicídio, sem se arrepender dos mesmos. Portanto, o apóstata é aquele que se afasta de Cristo, deixando de andar na luz, praticando pecado deliberadamente, mesmo estando na igreja. Pois há dois tipos de apóstata: o revelado, que assume seu estado, e o velado, que se afastou de Cristo, mas não da igreja por ter amigos e alguns privilégios. 

Algo importante para se trazer à baila nesta discussão é saber diferenciar as doenças circunstanciais de uma possessão demoníaca. As mazelas do mundo ocorrem também de forma circunstancial, ou seja, como uma consequência da queda no Éden. A queda causou uma verdadeira catástrofe em todo o universo, é nesse sentido que Paulo afirma aos romanos: “sabemos que até hoje toda a criação geme e padece, como em dores de parto. E não somente ela, mas igualmente nós, que temos os primeiros frutos do Espírito, também gememos em nosso íntimo, esperando, com ansiosa expectativa, por nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo”. A teologia chamará de mal moral e mal circunstancial. O mal moral é o pecado em todas as suas formas. Já o mal circunstancial é o mal que decorre do mal moral, que resulta em sofrimento, miséria, dores e doenças. 

Já é certo que os cristãos estão sujeitos às mesmas mazelas no mundo, ou seja, também passam por privações, também são sujeitos a dores e sofrimento, assim como a doenças. O que não podemos fazer é confundir fatores clínicos com possessão demoníaca. É notadamente comum estabelecermos tais relações, principalmente quando estamos lidando com partes pouco conhecidas da mente humana. Doenças relacionadas ao cérebro são comumente confundidas com demônios. Uma breve consulta aos manuais de psiquiatria nos dá uma vasta lista de doenças relacionadas ao cérebro, do ponto de vista psiquiátrico temos: esquizofrenia, todos os variados tipos de neurose, depressão, psicose. As doenças neurológicas são diversas também: autismo, dislexia, encefalite, Alzheimer, Parkinson, entre outras.

Temos ouvido a esse respeito e visto, ao longo da história, diversos crentes fiéis a Jesus Cristo passarem por essas doenças, assim como acompanhamos o sofrimento de suas famílias, casos como estes não podem ser confundidos ou mesmo relacionados com qualquer relação diabólica. Não estamos querendo dizer com isso que Satanás e seus demônios não estejam ativos no mundo; sim, estão, e provocam males sem fim à sociedade, entretanto, tais atos malignos não podem ser confundidos quando o que se deve tratar na verdade são doenças que atacam os seres humanos. Ainda há um grande mistério quando o assunto é a mente, uma histeria pode ser resultante de um grande stress emocional levando a pessoa ao choro teatral, ou mesmo à paralisia de membros do corpo.

Diante do exposto, conclusivamente podemos afirmar que a resposta para essa questão - se um crente salvo em Jesus pode ficar endemoninhado - é não. Embora o espaço não seja suficientemente grande para exaurirmos o assunto, é possível concluir, partindo de uma premissa simples: a vitória de Cristo na cruz. A vida do cristão parte da cruz de Cristo, e a Bíblia afirma em toda a extensão do Novo Testamento que na cruz Cristo derrotou todas as forças do mal. Cristo padece, morre e ressuscita; e como resultado dessa ação sobrenatural, ele declara vitória sobre as forças do mal para toda a eternidade.

Este cenário é muito claro nas Escrituras: “despojando os principados e potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz”, (Colossenses 2:14 e 15). A cruz de Cristo é o lugar onde ele triunfa sobre todas as potestades e principados do mal. Essa linguagem usada por Paulo é uma linguagem militar, retrata um soldado vencedor que despoja o derrotado de suas vestes e de suas armas, deixando-o completamente desarmado.

Esse estado de Satanás nos permite ficarmos tranquilos em Cristo. São diversas as citações bíblicas que garantem ao crente em Cristo tranquilidade diante de Satanás, e todas elas expõem de forma direta um inimigo já derrotado por Cristo (Gênesis 3:15); (Marcos 3:26-27); (João 12:31,33); (14:30); (16:8-11); (Hebreus 2:14-15); (Apocalipse 20:1-3). Outros textos poderiam ser citados, mas entendemos que estes são suficientes para determinar com clareza que Satanás já está derrotado por Cristo na cruz.

Ao tratar deste assunto, o qual deve ser ponto de dúvida de muitos outros, o tratarei levando em conta, não crentes nominais, denominacionais ou meramente religiosos, mas sim, levando em conta, os verdadeiros crentes, os quais entenderam a mensagem do Evangelho (que Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores e por essa razão foi crucificado e, posteriormente, ressuscitou) e, recebendo tão maravilhosa revelação, se converteram a Jesus Cristo, arrependidas de seus pecados.

O verdadeiro crente é propriedade exclusiva de Deus (Pedro 2:9). Se é exclusiva, só Deus tem direito de usufruto desta propriedade. Só Deus tem o direito sobre a vida do verdadeiro crente. Deus tem lavrada uma Escritura, onde está escrito, com o sangue de Jesus, que TODO VERDADEIRO CRENTE É PROPRIEDADE EXCLUSIVA DE DEUS. O verdadeiro crente é selado com o Santo Espírito da promessa (Efésios 1:13). Se um selo real, de um mero mortal, não podia ser violado; o que se dirá do selo de Deus? Quando nossos inimigos espirituais tentam investir contra o verdadeiro crente, eles logo veem o Selo de Deus, e tremem.

O Selo Real está impresso na alma do verdadeiro crente e de forma alguma pode ser violado. O verdadeiro crente é marcado com o próprio Espírito de Deus. O verdadeiro crente é Santuário de Deus; local onde Deus habita (I Coríntios 3:16-17; 6.19). Se Deus está habitando a “Casa”, então não há lugar para o Diabo e/ou demônios. (II Coríntios 6:14-16) também traz luz sobre esta questão para nós: “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo”.

Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso”. O texto garante que: “Não há comunhão da luz com as trevas”; ”Não há harmonia, entre Cristo e o Maligno”. Mas, também assevera que: ”Não pode haver sociedade entre a justiça de Deus e a iniquidade do mundo”; “Não pode haver união entre crente e incrédulo”; “Não pode haver ligação entre o santuário de Deus e os ídolos falsos”. O verdadeiro crente observa estas coisas como uma ordenança do Senhor e não como um ponto de vista de Deus, o qual pode ser contrariado.

E, temos que lembrar o que a Escritura diz, em I Samuel 15.22-23: “Porém Samuel disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitais a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti”. A desobediência à Palavra de Deus tem o mesmo peso de se praticar feitiçaria. E nós sabemos com quem a feitiçaria tem parte neste mundo – Satanás.

O verdadeiro crente busca obedecer a Deus em tudo e não apenas no que lhe convier. Quem procede desta forma, será guardado de toda investida do Diabo e/ou de seus demônios. Contra este, todas as investidas malignas, serão frustradas. O verdadeiro crente, portanto, tem dentro de si, aquele que é maior do que o diabo (I João 4:4). Como um mais fraco poderá render ao mais forte, sendo o mais forte Deus? Jesus conta que para um valente venha a tomar uma casa, ele tem que ser mais valente que o que já está na casa (Lucas 11:21-22).

Maior é o que está dentro do verdadeiro crente do que o que está fora dele. Como o Diabo e/ou seus demônios poderão saquear a “casa” onde Deus está? Satanás que está fora de mim, não pode em nada contra Deus que está dentro de mim. O verdadeiro crente não pode ser possesso porque o Espírito de Deus habita dentro dele. O Diabo e/ou os demônios não podem entrar nele porque Deus está dentro dele. O verdadeiro crente tem autoridade e poder sobre o diabo e sobre os demônios (Lucas 10.17-19). E, para quem tenha alguma dúvida se este poder é para todos os que creem (Marcos 16:17-18). Como pode alguém ficar possesso por alguém sobre quem tem autoridade e poder, no Nome de Jesus, para submeter?

Ao verdadeiro crente foi-lhe concedido poder e autoridade sobre o Diabo e os demônios. Os agentes do mal não só, não podem tomar a vida do verdadeiro crente, como, por ele (o verdadeiro crente) eles (os agentes do mal) ainda são repreendidos e expulsos das pessoas que estão sob sua possessão. Em meu nome (disse Jesus) expulsarão demônios.

O verdadeiro crente exclama com a mesma alegria dos 70 ao retornarem da missão para a qual foram enviados: “Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome” (Lucas 10:17). Quanto ao verdadeiro crente, o Maligno não o toca (I João 5:18). Se Deus guarda o verdadeiro crente, como o Maligno poderia penetrar-lhe o corpo? Quanto ao verdadeiro crente, o Diabo e/ou seus demônios não podem tocá-lo de forma espontânea; Sim, os agentes do mal não têm liberdade para tocar um verdadeiro filho de Deus. Pois Deus é quem o guarda. Não podemos dizer que o Diabo tocou a Jó como bem quis e quando bem quis. O Diabo não pôde tocar em nada de Jó nem em Jó senão sob a permissão de Deus, pois Deus havia cercado Jó, a casa de Jó e tudo que Jó possuía, com uma “cerca” de poder espiritual (Jó 1:10).

Não vamos tratar aqui sobre o porquê De Deus ter permitido a Satanás tocar em Jó; no entanto, uma coisa é certa, Satanás entendia que quem está “cercado” por Deus, ele não tem livre acesso. Deus guarda o verdadeiro crente e o Maligno não o toca. Qual é a advertência bíblica quanto aos cuidados que devemos ter com o Diabo e os demônios? Nunca deixe a “Casa” vazia, abandonada (Mateus. 12.43-45). O que isto tem a ver com o assunto. Tudo, pois fala sobre possessão demoníaca. Qual é a advertência então? Certamente, esta passagem pode ser dirigida à pessoa que experimentou uma mudança de vida quando creu em Jesus Cristo através do Evangelho.

Aqui se aplica a verdade que “aquele que está em Cristo é uma nova pessoa; as coisas antigas passaram e tudo se fez novo” (II Coríntios 5:17). Pois fala de “casa varrida/limpa” = Purificação de pecados; também, purificação do coração, da mente, em relação à sujeira que se alojou em nós, provenientes dos valores e princípios do mundo que jaz na maldade; Fala de “casa ornamentada” = Fala de uma nova “decoração”; Novos valores e princípios, agora, relativos ao Reino dos Céus.

Então, qual é o problema desta “casa”? O problema é que ela está vazia, abandonada. E o que isto quer dizer? O que significa? Significa que não podemos nos afastar da presença de Deus. Sim, fomos salvos pela graça de Deus para andarmos no Caminho da Graça sem jamais retrocedermos dele. Deixar a “casa” vazia é negligenciar tão grande salvação. (Hebreus 2:1-3): “Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? ”

Significa que não devemos abandonar a “Casa do Pai”. (Hebreus 10.25): “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima”. O crente que negligência as “coisas” de Deus e não desenvolve a sua salvação (Filipenses 2:12-16), corre o risco de retroceder até que se perca novamente.

Aí o segundo estado dele será pior do que o primeiro (II Pedro 2:20-22) lembremo-nos que quando o Espírito Santo se apartou de Saul (o oposto é verdadeiramente o causador – Saul foi se apartando do Espírito Santo), o demônio se apossou dele (I Samuel 16:14). Antes que alguém venha sugerir que tanto o Espírito de Deus quanto o espírito maligno são enviados por Deus, afirmo, com certeza, de que, na questão de Saul, ao deixá-lo o Espírito do Senhor, Deus o deixou à mercê dos demônios.

Creio que Paulo entendeu isto e tratou do mesmo jeito ao jovem que tinha relações ilícitas com a mulher de seu próprio pai: “Geralmente, se ouve que há entre vós imoralidade e imoralidade tal, como nem mesmo entre os gentios, isto é, haver quem se atreva a possuir a mulher de seu próprio pai. E, contudo, andais vós ensoberbecidos e não chegastes a lamentar, para que fosse tirado do vosso meio quem tamanho ultraje praticou? Eu, na verdade, ainda que ausente em pessoa, mas presente em espírito, já sentenciei, como se estivesse presente, que o autor de tal infâmia seja, em nome do Senhor Jesus, reunidos vós e o meu espírito, com o poder de Jesus, nosso Senhor, entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus” (I Coríntios 5:1-5). Se a pessoa resiste a Deus em relação à Palavra de Deus e à ação do próprio Espírito de Deus, então que ela seja exposta ao Diabo e seus demônios para ver se dessa forma ela cai em si e retorne ao Salvador.

A conivência e a tolerância jactanciosa para com o pecado na “Casa de Deus” se torna pedra de tropeço e espaço para o Diabo fazer maior estrago. E, como o juízo começa pela “casa” de Deus (I Pedro 4:17). A verdade é, que onde Deus não está, a “casa” fica exposta aos espíritos malignos. O que fazer, então, para estarmos sempre seguros em Cristo e vencermos o maligno? O verdadeiro crente deve manter a “casa” sempre cheia do Espírito: Todo verdadeiro crente deve sempre ser cheio do Espírito Santo (Efésios 5:18); deve, todos os dias, andar no Espírito Santo (Gálatas 5:16); Deve viver, constantemente, no Espírito Santo (Gálatas 5:25); Deve frutificar o fruto do Espírito Santo (Gálatas 5.22-23); Deve orar, em todo o tempo, no Espírito Santo (Efésios 6:18).

Não menospreze Satanás, mas também não o superestime; apenas tenha o devido cuidado (I Pedro 5:8). Se o Diabo e/ou qualquer demônio não podem possuir um verdadeiro crente, eles, então, vão buscar persuadi-lo a abrir a guarda. Guarda aberta, o que mais poderá acontecer dependerá de até onde tal crente se afasta do centro da vontade de Deus.

O grande pregador Charles Haddon Spurgeon disse certa vez: “O Diabo está por perto e não são poucos os que estão com ele”. No entanto, não devemos temê-los. Pois maior é o que está em nós e conosco, e mais poderosos são os que estão a nosso favor, do que os que estão contra nós. Prestemos atenção à posição “geográfica” espiritual de que Pedro está falando: “O Diabo, vosso adversário, anda em derredor”. O verdadeiro crente se posiciona no centro da vontade de Deus e, este fato, se dá, pelo testemunho de obediência, à Palavra de Deus, dado por ele. Ao redor do verdadeiro crente tem um outro “pelotão”: (Salmo 34.7): “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem (os que verdadeiramente temem a Deus; ou seja, os verdadeiros crentes) e os livra”.

O Diabo e seus demônios têm um limite para se aproximarem dos verdadeiros crentes e, é, ao derredor, ou seja, só após a linha, a cerca, ocupada pelos anjos de Deus. Para o Diabo e/ou qualquer de seus demônios possam atingir de forma mais objetiva a vida de um verdadeiro crente, sem a permissão de Deus, como no caso de Jó, eles (o Diabo e os seus demônios) precisam seduzir e atrair o verdadeiro crente para fora da vontade de Deus e para além da linha salvaguardada pelos anjos de Deus.

Por isso, o Diabo e sua corja, vivem andando ao derredor enquanto lançam seus dardos inflamados sobre os verdadeiros crentes; dardos estes que os verdadeiros crentes podem neutralizar pela fé obediente à Palavra de Deus (Efésios 6:16). Portanto, devemos ser sóbrios e vigilantes, pois o diabo é astuto e ardiloso. Devemos resistir ao Diabo e, então, ele fugirá de nós (Tiago 4:7); Devemos, também, nos revestir de toda a Armadura de Deus para podermos ficar firmes contra as ciladas do Diabo (Efésios 6:11); mas, acima de tudo, temos que estarmos fortalecidos no Senhor e na força do seu poder (Efésios 6:10).

O verdadeiro crente não pode ser possesso por demônio enquanto anda na luz onde o Senhor na luz está. Baixando a guarda e se afastando das coisas de Deus, o Diabo vai conseguir produzir alguma ingerência sobre tal crente descuidado e conformado com o mundo caído, buscando fazer dele um tropeço enquanto continua buscando afastá-lo completamente do “arraial” de Deus, quando poderá devorá-lo. Fora do “arraial” de Deus, a situação de tal crente poderá se tornar à semelhança da situação de Saul, quando se afastou de tal maneira de Deus que o Espírito Santo o deixou e a “casa” ficou vazia e à mercê de salteadores que buscam um covil para se esconderem. Portanto, sejamos sóbrios e vigilantes, para que, a nossa situação espiritual, no Senhor, não seja invertida.

Já vi o demônio se manifestar em uma pastora, batizada pelo Espírito Santo, mas nem por isso deixou de ser usada por Satanás. Um cristão que vive em eterna rebeldia e arrogância na Casa do Senhor, que não obedece a liderança da igreja, que espalha a discórdia e a contenda entre irmãos, que se recusa ser discipulado por se se achar autossuficiente, que não participa da comunhão verdadeira entre os irmãos, que quer gloriar-se a si mesmo, este cristão é uma porteira escancarada para o Diabo, suas potestades e principados. Como já foi dito: sejamos sóbrios e vigilantes, para que, a nossa situação espiritual, no Senhor, não seja invertida.


terça-feira, 13 de setembro de 2016

SOBRE DEUS E O VINHO


SOBRE DEUS E O VINHO (J.F.de ASSIS)





          Quando Jesus disse ter vindo para "lançar fogo sobre a terra" Lucas 12:49) e não para "trazer paz, mas espada" (Mateus 10:34), como falou verdadeiramente! Ele não se ajustava aos modos familiares do mundo ao qual veio. Mesmo o mais revolucionário pensamento de seu tempo não poderia contê-lo. Suas palavras e modos eram transcendentemente diferentes, inquietantes, ameaçadores. Não poderia haver uma síntese calada do velho e do novo, somente uma colisão descomprometida que conduziria inevitavelmente a rebelião ou rendição. Alguns viriam a gostar do novo, outros a odiá-lo. Em suas três analogias, em Mateus 9:14-17 (Marcos 2:18-22; Lucas 5:33-39), Jesus responde aos seus críticos gentilmente, mas ilustra o inevitável do conflito: como pode pano novo ser usado para remendar roupa velha? Como pode o explosivo vinho novo ser contido em velhos e inflexíveis odres? O provérbio de Jesus sobre o remendo novo na roupa velha saiu facilmente de sua própria vida.

Aquele que "não tinha lugar para repousar sua cabeça" não deveria desconhecer vestes remendadas. E todos sabiam que uma tentativa de remendar uma roupa gasta com pano novo levaria a dois desastres, um estrutural e outro estético. O pano novo encolheria com a primeira lavagem e aplicaria tal tensão sobre o pano velho que faria um rasgo maior do que antes (Marcos 2:21); e, por sua própria novidade, o remendo novo faria com que a roupa velha parecesse ainda mais desbotada e velha (Lucas 9:36).

Às vezes, o velho é irreparável e tem simplesmente que ceder lugar ao novo. O judaísmo rabínico, com suas corrupções farisaicas, estava além da recuperação. Sua atitude estava totalmente tão afastada do espírito da lei e dos profetas que o único meio de ir além dela era saindo dela. E ainda que a mensagem de arrependimento e de abatida contrição de João fosse de Deus e vital para o seu tempo, ela era preparatória, e não permanente (Atos 18:25-26; 19:1-5). O novo caminho de Jesus era um pano inteiro e não uma colcha de retalhos. Ele não tinha vindo para enxertar suas novas verdades no esfarrapado tecido religioso das tradições humanas e ímpias atitudes, ou para sentar-se imóvel a uma das paradas da estrada do propósito eterno de Deus. Tivesse feito isso e teria destruído tudo. Em Cristo, todas as coisas teriam que ser novas (2 Coríntios 5:17).

A incredulidade judaica vigente recusou-se a renunciar aos seus caminhos tradicionais para receber a palavra de Deus, e crucificou Jesus. Os judaizantes da igreja primitiva relutavam em deixar a lei pelo evangelho e, em seu esforço para acomodar o evangelho à lei, manobraram para rasgar e destruir tudo (Gálatas 1:6-9; 5:3-4). A mesma disposição mental vive hoje. Velhos e ímpios caminhos, recusando a entregar a alma, nos desafiarão a acomodar o evangelho a eles ou a sair.

Nesses momentos precisamos correr, e não andar, para a saída mais próxima. O terceiro destes provérbios que Jesus usa para responder a seus críticos simplesmente reforça a mensagem dos dois primeiros: certas coisas não se ajustam. Os homens, ele disse, não colocam vinho novo, ainda fermentando e expandindo, em velhos e ressecados odres porque eles se rasgariam e seriam destruídos e o vinho novo escorreria e se perderia (Mateus 9:17). O Senhor está advertindo que mentalidades rígidas custarão aos homens a incomparável qualidade especial do evangelho.

Porque ela é imprevisivelmente nova e inimaginável (1 Coríntios 2:9) e não se ajusta confortavelmente nos trilhos familiares, estamos demasiado dispostos a tentar forçá-la, através de nossas categorias congeladas, até que ela saia parecendo mais com o que esperávamos e desejávamos que fosse. Não há meio melhor do que este para simplesmente derramar no chão o precioso vinho novo do reino eterno de Deus.

Precisamos estar atentos a um conservadorismo tão insensato que pensemos que o melhor modo de permanecer firmes na fé seja manter as coisas como estão. Que tudo está bem e bom se o modo como as coisas estão é como o Senhor quer que estejam; mas se não, precisamos juntar armas a bagagem e ficar prontos para uma longa jornada naqueles novos lugares onde o Senhor pretende que estejamos. O vinho novo do evangelho não é destinado a nos deixar confortáveis, mas a nos fazer novos.

Alguns fizeram um uso infeliz da afirmação de Jesus a propósito do vinho novo e dos odres velhos. Para eles, os odres velhos frequentemente representam aqueles modos pelos quais, no Novo Testamento, os discípulos então fizeram as coisas, e o vinho novo simboliza ideias modernas que são mais atraentes para os homens e as mulheres da geração corrente.

Eles precisam ser lembrados que todos os modos dos cristãos primitivos que não foram simplesmente um reflexo das condições do seu tempo (a lavagem dos pés como um ato de hospitalidade, um beijo para saudação, etc.) eram o produto da vontade radical de Cristo e os imutáveis princípios eternos do seu reino. Todos nós faríamos bem em seguir o exemplo deles (Atos 2:42). Pois se o fizermos, certamente não estaremos sentados imóveis, mas estaremos empenhados na experiência mais radicalmente transformadora da história humana. Beber o vinho do reino de Deus não é um passo de moderação. Obedecer à voz do Filho de Deus não é um ato conservador!

Citado muitas vezes na Bíblia, o vinho já existia quando o Antigo Testamento foi escrito: O livro de Gênesis descreve o plantio de uma vinha como a primeira atividade de Noé depois do dilúvio. O cultivo da videira floresceu na Grécia e em Roma. Os romanos difundiram a videira por seu império, em especial na Gália, onde pela primeira vez se utilizou o tonel para armazenar e conservar o vinho. Na Grécia antiga, o vinho era escuro e geralmente bebido com água; bebê-lo sem mistura era considerado procedimento devasso. Guardado em barricas, odres de pele de cabra ou ânforas de barro tampadas com óleo ou um trapo engordurado, o vinho estava o tempo todo em contato com o ar. A maturação plena só foi possível a partir da generalização do uso da garrafa e da rolha. Devido à necessidade de vinho para o serviço religioso, o cuidado da vinha era uma preocupação particularmente eclesiástica. O posterior reaparecimento de vinhos e vinhedos de reconhecida qualidade esteve sempre associado à iniciativa de monges ou de monarcas especialmente devotados à igreja do final do século XVII e resultou em grande parte do trabalho de Dom Pierre Pérignon, da abadia de Hautvillers, que é tido por criado do champanha.

Outra mudança importante foi a descoberta acidental, em 1775, de que as uvas apodrecidas nas videiras produziam doçura e buquê inimitáveis. Na década de 1750, os produtores da ilha da Madeira passaram a fortalecer seus vinhos com o acréscimo de conhaque, processo essencial para a manufatura e maturação de quase todos os vinhos generosos, que se bebem fora das refeições ou a sobremesa. Os espanhóis levaram a videira para terras americanas a partir do século XVI e XVII e logo os vinhedos cobriam ampla áreas do sul do continente. Nos séculos XIX e XX, novos países somaram-se aos tradicionais produtores de vinho.

VINHO O NÉCTAR DOS DEUSES

O vinho é a bebida obtida por fermentação total ou parcial da uva fresca, ou do sumo da uva fresca (mosto). A palavra vinho também pode ser aplicada a bebidas feitas de outras frutas, vegetais, ervas e até flores, mas usada sozinha aplica-se apenas ao produto que tem a uva como matéria-prima. De acordo com a cor, o vinho pode ser tinto, rosado, clarete (ou palhete) e branco. Conforme o sabor, pode ser doce, semi-seco ou seco. Os vinhos doces contêm altas porcentagem de açúcar, enquanto os secos têm pouco ou nenhum açúcar, embora não sejam amargos. Outra classificação frequente distingue, de maneira geral, vinhos comuns e especiais. Comuns são os vinhos maduros ou verdes, resultantes da fermentação normal do mosto, entre os quais se incluem os vinhos oficialmente classificados, nos países produtores ou de consumo tradicional, como de consumo - de mesa - ou como típicos.

Os vinhos especiais compreendem os licorosos, aqueles de elevado teor alcoólico, provenientes de mostos cuja fermentação foi interrompida por adição de aguardente vínica ou de álcool vínico; os doces de mesa, de teor alcoólico igual ou inferior a l4º;os espumantes naturais, cuja efervescência resulta de uma segunda fermentação alcoólica em garrafa ou outro recipiente fechado, produzida por processo tecnológicos clássicos; e os espumantes gaseificados, cuja efervescência é produzida por adição de gás carbônico puro, com aparelhagem adequada. Pela importância que adquiriu em muitas regiões do mundo, o vinho tornou-se objeto de uma ciência específica, a enologia, dedicada ao estudo de composição, qualidade, características e processos de para a sua elaboração.

Os principais produtores de vinho são respectivamente os seguintes: Itália, França, Espanha, EUA, Argentina, Alemanha, África do Sul e Portugal. A cultura da vinha no Brasil começou no século XIX, nos planaltos do Rio Grande do Sul, com a chegada de imigrantes italianos, e espalhou-se por diversos estados, como São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais. Foi no Rio Grande do Sul, porém, que a viticultura mais prosperou e tornou-se o maior produtor nacional, com 80% do mercado interno. Os principais centros do chamado "polígono do vinho" são os municípios gaúchos de Caxias, Flores da Cunha e Bento Gonçalves. A uva denominada Isabela foi tradicionalmente a mais usada, mas a necessidade de melhorar a qualidade do produto levou à adoção gradual de uvas de castas mais nobres como cabernet, merlot e moscatel.

Lenda Presa

O vinho teria sido descoberto pela amante do rei JAMSHEED da Pérsia (atual Irã). O rei gostava tanto de uvas que costumava estocá-las em vasos, para comê-las o ano todo. Certo dia, as frutas de um desses potes fermentaram, tornando-se amargas. Achando que o líquido resultante desse processo estivesse envenenado, o rei escreveu uma advertência no vaso. O aviso atraiu a sua amante, que havia decidido se matar, bebendo o líquido. Em vez de morrer, ela começou a se sentir muito feliz e dormiu bem como não conseguia havia tempos. Quando soube do "milagre", o rei passou a ingerir com frequência o novo tônico, que logo ficou famoso por seus poderes de cura e foi chamado de "Medicina Real".

Bodas de Canaã

JESUS se manifestou pela primeira vez transformando água em vinho, leia esta linda passagem bíblica: Três dias depois, celebraram-se umas bodas em Canaã da Galiléia, e encontravam-se lá a Mãe de Jesus. Foi também convidado Jesus com seus discípulos para as bodas. E, faltando o vinho, a Mãe de Jesus disse-lhe: Não tem vinho. E Jesus disse-lhe: Mulher, o que nos importa a mim e a ti isso? Ainda não chegou a minha hora. Disse sua Mãe aos que serviam: Fazei tudo o que ele vos disser. Ora estavam ali seis talhas de pedras, preparadas para a purificação judaica, que levavam cada uma, duas ou três medidas. Disse-lhes Jesus: Enchei as talhas de água. E encheram-nas até em cima. Então disse-lhes Jesus: Tirai agora, e levai ao arquitriclino (ao mestre de cerimônias). E eles levaram. E o arquitriclino, logo que provou a água, convertida em vinho, como não sabia donde lhe viera (este vinho), ainda que o sabiam os serventes, porque tinham tirado a água, o arquitriclino chamou o esposo, e disse-lhe: Todo o homem põe primeiro o bom vinho, e, quando já (os convidados) têm bebido bem, então lhes apresenta o inferior; tu, ao contrário, tiveste o bom vinho guardada até agora. Por este modo deu Jesus princípio aos (seus) milagres em Canaã da Galileia, e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram Nele. (João 2,1-11)

Vinho é medicinal

Os poderes medicinais já eram conhecidos pelos sumérios por volta do século 20 a.C. Outros povos antigos, como os egípcios, gregos e romanos, também receitavam a bebida para tratar os mais diversos problemas de saúde, tanto físico quanto aos psíquicos. As propriedades terapêuticas atribuídas ao vinho ao longo dos séculos são: antisséptico; tranquilizante/sedativo; hipnótico antinauseas; estimulante de apetite; digestivo; tônico reanimador; antianêmico; diurético; Laxante; Antibacteriano; Antitérmico Cicatrizante

          Um dos principais propagadores das propriedades medicinais do vinho foi "HIPÓCRATES", considerado o pai da medicina ocidental. Ele receitava a bebida pura como complemento nutricional, febre, diurético, laxante, antisséptico e cicatrizante de feridas. A quantidade máxima de ingestão diária de álcool para um adulto saudável, de 70 kg, é de 59,2 gramas os homens (cerca de 250ml ou 2 taças de vinho), sendo recomendado a metade para as mulheres.

O vinho alimenta o corpo, prepara o espírito, acalanta a alma.
Quando o vinho foi inventado, com certeza era mal aproveitado e se bebia até se chegar a exaustão da embriagues até se dormir de bebedeira.

Com o passar dos tempos, foi se percebendo, que era necessário e merecido um cuidado maior na vinificação, envelhecimento e conservação desse precioso líquido, o vinho, e usá-lo de forma racional para melhor proveito. Saber beber vinho e desfrutar do custo-benefício que ele proporciona, não é fácil. Beber de forma contemplativa, em meditação, são dicas importantes para a degustação e seleção dos diversos vinhos, nos eleva o espírito e nos remete aos bons pensamentos, nos torna intimamente alegres, mais desprovidos, mais sinceros, mais receptivos fazendo bem para o nosso corpo e alma.

O diferencial do vinho para outras bebidas, literalmente alcoólicas, é que ele é um ritual que se torna um hábito e não um vício, que estimula o apetite e ajuda na digestão, bem como, um importante complemento alimentar pela constituição bioquímica e física do vinho. Procure colocar o vinho num copo apropriado (copo ou taça). Veja a sua cor. Sinta o seu aroma. Beba lentamente, moderadamente, com respeito e sempre pensando nas coisas boas da vida. Então terá a oportunidade de descobrir a grandeza do vinho e suas virtudes. Pode se afirmar que o terreno, a cepa, o clima e a intervenção do homem, são fatores que influenciam diretamente nas qualidades do vinho e em suas características quanto a sua composição bioquímica e química, procurando torná-lo num produto único e atraente. O vinho é uma bebida extremamente complexa, mas indispensável à vida, pois contribui para que ela seja mais agradável. Os povos da antiguidade o consideravam uma dádiva divina. O vinho hoje existe em quantidade e variedade imensamente grandes e oferece a mais ampla escolha aos gostos diversificados de seus consumidores.


          Contudo havia três tipos de vinho: VINHO NOVO: é o que Jesus chamou de “fruto da videira” (Mateus 26.29), ou seja, o suco da uva pisada no lagar (Isaías 63.2), ainda fresco e sem mistura (Apocalipse 14.10). O vinho mais usado diariamente nas famílias era novo com propósito apenas de alimentação, não tendo tempo nem para envelhecer e fermentar. VINHO VELHO: é o vinho guardado em odres durante muito tempo para fermentar. O suco da uva quando envelhecido se torna mais forte (Josué 9.4). O fermente sempre foi símbolo da influência do pecado (Marcos 8.15; I Coríntios 5.7,8). VINHO MISTURADO: é quando se acrescenta ao suco da uva uma mistura que lhe dê maior teor alcoólico (Provérbios 23.20Isaías 5.22), também chamado de “bebida forte” (Levítico 10.9Deuteronômio 29.6Provérbios 20.1) toda pessoa que se consagrasse ao Senhor deveria se abster desta bebida (Juízes 13.9, 7 e 14Número 6.3Lucas 1.15). Por isso Jesus não quis beber o vinho com fel quando estava na cruz (Mateus 27.34)

O Senhor quer nos renovar como o Vinho Novo que representa o Sangue de Jesus (I Coríntios 10.16) e o fluir do Espírito Santo para que “não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito”(Efésios 5.18). Se formos lavados pelo sangue de Jesus, não podemos deixar que o vinho, ou seja, a vida de Cristo que há em nós se envelheça e seja misturado com o pecado mundo. Este Vinho Novo também significa o frescor para os desertos da vida e alegria para nossas festas.
Deus quer te dar Vinho Novo!
                              

ODRES NOVOS:  O odre era um saco de pele animal costurada que servia de recipiente para guardar líquidos como água (Gênesis 21.14,15,19), leite (Juízes 4.19) e vinho (Josué 9.4). Mas deveria ser usado especificamente para cada coisa separada para não deixar sabor de leite no vinho ou deste na água por exemplo. O odre envelhece com o tempo. O couro encolhe e enruga. O sabor do vinho velho ou de qualquer outra mistura pode estragar o vinho novo. Mas o vinho novo é mais ácido e pode corroer o odre. Além disso, o vinho novo vai liberando gases com o tempo e esticando o couro, então o se o odre já estiver velho pode estourar. Por isso Jesus disse que “vinho novo deve ser posto em odres novos [e ambos se conservam]” (Lucas 5.38).

Um dos animais mais usados para fazer odres do seu couro era a ovelha, além do cabrito. Sua pele era retirada cuidadosamente e depois de um pouco cozida exposta na fumaça (Salmos 119.23) era costurada bem apertado deixando apenas o pescoço aberto para inserir os líquidos e depois ser amarrado. O odre da pele de ovelha representa a nossa carne fraca (Marcos 14.38) que precisa ser arrancada de nós para não vivermos mais para nós mesmos e sim para Deus (Gálatas 2.20-22). O Espírito Santo quer habitar em nós e nosso corpo deve ser templo do Senhor (I Coríntios 3.16), mas nossa carne corruptível não suporta o poder de Deus (I Coríntios 15.50). Por isso precisamos ser renovados como um odre novo para receber o vinho novo.

Esta renovação do odre significa renunciar às vontades da carne (Efésios 2.3) negando-se a si mesmo para seguir a Jesus (Marcos 8.34). Deixando a cada dia as obras da carne para buscar o fruto do Espírito (Gálatas 5.19-23). Muitas vezes envelhecemos com o pecado e coisas do mundo. Somente Deus pode renovar nosso ser de tal maneira que até mesmo nossa carne seja transformada e possamos ser mais espirituais.
Deus quer renovar o seu odre!

VESTES NOVAS: Uma roupa velha remendada com parte de pano novo não é uma roupa nova nem velha. É um desperdício de tecido novo que poderia ser feita uma veste nova. As roupas caracterizam as pessoas e muitas vezes julgamos pela aparência (I Samuel 16.7). As vestes novas também representam esta nova vida, não somente no exterior porque uma pessoa pode ser bem vestida e guardar pensamentos velhos e sujos. O filho pródigo quando voltou para a casa do pai, chegou sujo e maltrapilho e seu pai lhe deu a melhor roupa (Lucas 15.22) demonstrando a renovação que seu filho passava, porque “estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado” (Lucas 15.24).
Quando Jesus voltar e nos receber, vai nos dar “vestiduras brancas” (Apocalipse 3.5) porque “lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (Apocalipse 7.14).

O apóstolo Paulo Em Efésios 4.21-24 orienta aos crentes que “vos despojeis do velho homem”, “vos renoveis no espírito do vosso entendimento” e “vos revistais do novo homem”. Como uma mudança de roupa é a nova vida que Deus nos dá e todos percebem que “aquele que está em Cristo é nova criatura, as coisas velhas já passaram e tudo se fez novo” (II Coríntios 5.17). A nudez é um símbolo de pecado na Bíblia (Gênesis 3.7Êxodo 20.26). Deus foi quem fez a primeira roupa de peles para Adão e Eva (Gênesis 3.21). Com isso, o Senhor não foi apenas o primeiro costureiro, mas ofereceu o primeiro sacrifício pelo perdão da humanidade derramando o sangue de um cordeiro para cobrir o pecado. Deus não quer remendar algo de novo em sua vida, mas te renovar completamente.
Deus quer te dar Vestes Novas!

Deixe Jesus renovar sua vida totalmente. O vinho novo é a vida interior, aquilo que está dentro de você como o sangue que corre em suas veias. Se houver em você o vinho velho do passado ou misturado do pecado, Ele te dá o vinho novo de alegria do Espírito Santo e o lavar do sangue de Jesus. O odre novo é nossa carne ou sentimentos e vontades. Se sua carne estiver envelhecida com hábitos mundanos, Deus quer renovar seu ser completamente para habitar em sua vida. As vestes novas representam o testemunho. Se você ainda tem algum remendo ou rasgado de vestes velhas, receba novas vestes para que todos vejam que você é filho de Deus. Renove tudo em sua vida! Leia a palavra de Deus e saiba mais SOBRE DEUS E O VINHO.