A
FRAGILIDADE DA VIDA (J.F.de ASSIS)
A vida é algo tão frágil e
momentâneo que se soubéssemos, na verdade, teríamos mais vontade de
valorizá-la, pois a vida é algo para ser vivido com intensidade, mas com muita
responsabilidade, uma vez que se a perdemos, não a retomaremos de volta. Viver
a vida não é nos entregarmos aos prazeres do mundo. Não é satisfazendo as
vontades da carne, mas contemplando as maravilhas que foram criadas por Deus
para nos servir.
Não precisamos ficar
embriagados com o vinho somente por que ele é prazeroso. Beber o vinho não é
pecado, mas, nos deixar dominar por seu prazer, sim, isto é pecado. A Bíblia
diz que não devemos olhar para o vinho, quando ele estiver cintilante. Ou seja,
não devemos nos deixar embriagar por ele, mas admirarmos o seu sabor e a sua
deliciosa fragrância. Não precisamos ser um glutão para aproveitar os prazeres
de uma boa comida. O prazer não está no montante avultado do prato, mas no
prazer de deliciar-se com o sabor dos temperos e sua química, a textura dos
legumes e das verduras, a maciez de uma carne suculenta. Comer é algo divino,
mas a glutonaria não é de Deus.
Mas a vida é algo maravilhoso
criado por Deus, entretanto, se não soubermos vivê-la corretamente, acabaremos
por perder esse dom de Deus. Uma vida vivida sem regras está fadada a desaparecer
por causa da sua fragilidade. Viver a vida sabiamente é acrescentar mais dias
na terra, pois fazendo o contrário, estaremos abreviando-a. Se comparamos a
vida como a uma taça de cristal com toda a sua beleza e fragilidade, estaremos
encontrando uma das melhores comparações acerca da fragilidade da vida humana.
A vida em todos os seus
aspectos é realmente frágil. Não somente a vida humana, mas toda forma de vida
é frágil apesar da pureza e da beleza. A natureza cria formas de vida tão
frágeis e ao mesmo tempo tão belas que extasiam o olhar humano. Se formos
comparar a fragilidade e a beleza das flores, das plantas, dos pássaros, da
vida marinha, tudo, tudo que respira é frágil.
E o homem não está acima dessa
fragilidade, pois somos pó e ao pó retornaremos. Deus nos deu o dom da vida,
apesar da sua fragilidade, mas apesar dessa qualidade, Ele, em sua sabedoria
superior, nos deu opções de viver nesta vida frágil momentos de força e de
poder. Ele nos deixou a fé, e disse: “Se tivermos fé, faremos coisa ainda
maiores das que Ele fez”. Mas a vida comparada à uma taça de cristal por sua
fragilidade, nos faz lembrar que o que torna o cristal tão puro, tão belo, tão
perfeito, tão superior, tão caro é justamente a sua fragilidade e pureza. O que
torna a taça de cristal tão bela e tão frágil é a sua delicadeza.
A vida é algo melindroso que
tem que ser tocado com suavidade, atenção, cuidado e com delicadeza. A vida tem
que ser vista como algo único. Não existe nas prateleiras das farmácias frascos
de vida para substituir a vida de um ser. Você pode criar outro ser, mas não o
ser em questão que desaparece. A morte é o antagonista da vida e, por
conseguinte, está sempre ao derredor para tragar essa vida.
A forma como vamos apagar o
lume de nossa vida na terra, na maioria das vezes somos nós que determinamos,
com as nossas atitudes. Mas Deus também pensou nessa possibilidade e nos deu a
oportunidade de descobrir nele a continuidade da vida na terra em outra
dimensão. Quando Ele nos deu a salvação através de seu filho Jesus, nos
tornamos co-herdeiros de Jesus e conquistamos um lugar ao lado do filho de
Deus.
A vida é um presente de deus
para a humanidade. Ele a criou para que O adorássemos na beleza da sua
santidade, desde Adão e Eva, na ocasião da criação de todas as coisas. A vida e
sua fragilidade também pode ser comparada a uma flor, que apesar da sua beleza
e perfume, textura e forma tem uma curta duração. A vida humana pode ser bela,
mas a sua efemeridade nos faz lembrar que temos de cuidar dela com muito zelo e
dedicação. E esse cuidar não se refere à futilidade humana.
Cuidar da vida é preservar o
que Deus nos deu de presente. Às vezes a futilidade faz o trabalho inverso da
preservação da vida. A natureza de Deus criou as coisas e deu a elas equilíbrio
para que se mantivessem na terra. Tudo o que quebra esse equilíbrio, traz
prejuízos e danos ao ser, em muitos casos, tornam-se irreparáveis. O apóstolo Paulo cônscio dessa
responsabilidade, entregou a sua vida nas mãos de Jesus, quando disse: “Já não
sou eu mais quem vivo, mas Cristo vive em mim. ” Precisamos entregar os nossos
caminhos nas mãos de Jesus, confiar nele que o mais Ele o fará. Deixemos que
Jesus cuide de nossa vida, nos orientando e nos mostrando qual o caminho que
devamos seguir.
A vida passa, tudo passa,
somente a palavra de Deus não passará. Se cremos que Ele é o caminho a verdade
e a vida, então é na fragilidade que nos tornamos fortes e com isto, fazemos a
sua vontade. Pois assim como a chama de uma candeia que se apaga ao menor sopro
do vento, assim é a FRAGILIDADE DA VIDA.
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