LINGUAGEM
SADIA E IRREPREENSÍVEL... (J. F. DE ASSIS)
O
Apóstolo Paulo em sua carta que escrevera a Tito cap. 2: 8 exorta-nos para que tenhamos uma linguagem sadia e irrepreensível. A nossa maneira de falar e como nos
expressamos reflete nosso temperamento. Reflete nosso caráter e principalmente,
nossa intimidade com Deus. Se tivermos uma linguagem eivada de impropérios e
torpezas, nossa mensagem será recebida com desprazer por quem a ouve. Pois não
sabemos como o nosso interlocutor considera esse tipo de linguagem. Podemos
causar-lhe desconforto e desapontamento.
Quando
o Apóstolo Paulo nos diz que devemos ter uma linguagem sadia, quer dizer que
não deverá ser acompanhada de gírias, vícios ou torpezas. Sem falar na forma
adequada de conduzirmos o discurso, no tocante à entonação, impostação da voz e
pontuação. Ao acrescentar irrepreensível, ele nos lembra que ao evitar tal
linguagem nociva, estaremos também afastando o inimigo da alma, de nosso meio
familiar e social. O Salmista Davi diz
no Salmo 34:13 “Guarda
a tua língua do mal, e os teus lábios de falarem enganosamente.” A língua saudável é árvore de vida, diz
Prov. 15:4. A
língua do sábio é saúde. Então a própria palavra de Deus nos diz
que devemos manter a nossa linguagem sadia para que ela seja remédio para quem
a ouve. A língua portuguesa
define torpe como algo desonesto, impudico, indecoroso, vergonhoso, obsceno,
ignóbil, sórdido, repugnante, manchado e sujo.
Se
formos aqui analisar cada definição destas palavras teremos mais tristezas ao
constatar o que uma palavra torpe representa de negativo em nossa vida e na
vida de quem as usa comumente em seu discurso do dia-a-dia. Por exemplo,
vejamos o que a língua portuguesa diz sobre algumas dessas palavras: Ignóbil: baixo, vil, desprezível, que
não tem honra; vergonhoso, torpe; Ignaro: Que é falto de instrução, ignorante,
estúpido, insensato; Torpeza: Qualidade de torpe, procedimento indigno ou
ignóbil, abjeção, desvergonha. Imagine tudo isso em uma
palavra que soa desconfortável aos seus ouvidos e repetida sequencialmente em
uma conversa, mesmo coloquial que seja. Pior ainda se elas estiverem presentes
em um discurso formal, em uma palestra, em uma conferência ou em uma sala de
aula.
Como a plateia receberá o palestrante e o tema
que será ali discorrido, se as palavras torpes serão mais destacadas do que o
discurso? É importante que tenhamos consciência daquilo que falamos, pois o
resultado que esperamos irá depender de como articulamos com nossa língua. O
Salmista ainda nos diz: “O
meu coração ferve com palavras boas; a minha língua é a pena de um destro
escritor.” Salmos. 45: 1. Um escritor prima pela forma de sua obra.
Ele quer que ela chegue aos corações e os transforme. Para tal, ele irá
trabalhar as suas palavras como um artesão trabalha minuciosamente o vaso que
irá adornar os ambientes. Deus se alegra com palavras boas e sadias. Soam como
música, assim como Davi, com sua harpa, acalmava Saul em suas crises de
esquizofrenia, raiva, inquietação e inveja.
Em Jr.
9:08 a Bíblia diz que a língua de quem pronuncia palavras torpes é como “Uma flecha mortífera”. Alguém que desaprova uma linguagem obscena
jamais estará à vontade ouvindo-as. Elas chegam aos seus ouvidos como uma
afronta, como uma ofensa. Todo o efeito positivo de um discurso estará fadado
ao fracasso, se a linguagem for inadequada e infeliz. A credibilidade de uma
fala será afetada se ela estiver acompanhada, engalanada, ataviada de palavras
torpes. Todo preparo, toda pesquisa, toda empáfia de um arrogante orador,
estarão ameaçados, se uma única palavra torpe fizer parte de seu discurso, pior
ainda se todo ele assim o for. É como uma mancha de café em um vestido branco.
Não
importa se o vestido estiver repleto de cristais Svarowisk.
Sempre aquela mancha negra, que não faz parte do conjunto estará incomodando
quem olhar para o vestido. Assim será com o orador que usa palavras torpes em
sua fala em qualquer lugar e situação. Um professor não irá impressionar seus
alunos, se a sua linguagem for recheada de gírias, vícios de linguagem e
principalmente de palavrões. Não importa qual seja a sua área de atuação. Não
creio que em outras culturas, as palavras torpes façam parte do discurso de um
douto.
Uma
pessoa dita intelectualizada não pode lançar mão de um recurso tão vil para
expressar suas ideias e pensamentos. Não podemos conceber uma transmissão de
conhecimentos contaminada por um vírus como o do palavrão. Deus nos criou seres
inteligentes, capazes de discernir sobre o certo e o errado. Deu-nos a
capacidade de criar, de imaginar, de pensar e de expressar nossos sentimentos.
Ele nos criou sua imagem e semelhança, logo, não dá para imaginar Deus chamando
palavrões a torto e a direito nos altos céus, bradando aos anjos. Busquemos nos
tonar a estatura de Cristo, transformando-nos
pela renovação do nosso entendimento, para que possamos experimentar qual seja
a boa, perfeita e agradável vontade de Deus em nossa vida. Rm. 12:2
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