Como
podemos definir a inspiração? Para alguns a inspiração é um sentimento, um
estímulo, alguma coisa que nos motiva a executar uma tarefa, criar uma obra,
realizar alguma coisa com ânimo e vontade. A inspiração nos impulsiona, nos diz
que podemos e devemos seguir em frente em nossos projetos. A inspiração não
admite hesitação, ela apenas nos dá a força necessária para executarmos algo
que imaginamos ser possível de realizar. A inspiração é como a fé, ela é
invisível, mas real, pois ela trabalha em nossa mente e em nosso coração. A
inspiração vem da alma, uma voz interior que nos diz: __ “Faça!” E então nos
entregamos à tarefa de bem fazer aquilo que intentamos.
A
inspiração não precisa necessariamente ser motivada por uma pessoa, uma “musa
inspiradora” como muitos acreditam. A inspiração pode ser desencadeada por um
fato, uma situação, um momento, uma palavra, enfim, tudo pode nos motivar a
criar ou a seguir em um projeto. O escultor francês Auguste Rodin, por exemplo,
tinha a sua assistente, aluna e amante como sua inspiradora a criar a suas
obras. Rodin gostava de ter como inspiração de suas esculturas o corpo humano,
pois adorava retratá-los em suas esculturas. Ele usava modelos vivos para
representar em suas obras.
O
escultor brasileiro Antônio Francisco Lisboa, o “Aleijadinho”, que esculpiu
entre outras obras, em pedra-sabão, os doze profetas da Bíblia, usava como
inspiração fatos da própria Bíblia. Suas obras eram na maioria, de cenas
religiosas. O Escultor italiano Michelangelo que usava o mármore para fazer as
suas esculturas, tinha como inspiração o próprio corpo humano. Michelangelo
dizia” ___ Quando eu vejo uma pedra de mármore, eu já vejo nela uma obra, eu
apenas retiro os excessos”. Michelangelo estava sendo extremamente modesto
nesta assertiva, pois suas obras são reconhecidas no mundo inteiro pela
perfeição dos seus detalhes.
Poderemos
listar aqui centenas de situações que motivaram os grandes vultos da história
da arte no mundo. Todos eles tinham algo em comum entre si: todos eram
motivados por uma ideia repentina, algo que fluía de dentro de si, algo que
hoje chamamos de inspiração. O Salmista e jovem Davi, antes e ser ungido rei de
Israel, pelo profeta Samuel, tinha como inspiração as paisagens que contemplava
ao apascentar o rebanho de ovelhas nos campos. Davi dedicava-se a compor Salmos
para o Senhor Deus, criador de todas as coisas. Suas obras eram conhecidas por
todos naquela região, tanto que fora chamado para acalmar o próprio rei Saul em
suas crises.
A
música de Davi o acalmava, sua harpa era um calmante divino para Saul. Davi
também se inspirava no amor de Deus para com ele. Quando diz em seu Salmo 23 “O
Senhor é o meu pastor; nada me faltará...” Todos os cento e cinquenta Salmos
escritos por Davi foram inspirados pela certeza do amor de Deus por ele. A
Bíblia diz que “Davi era um homem segundo o coração de Deus”. Na música, vamos
encontrar outros nomes que inspiravam outras pessoas ao ouvi-los.
Um
desses nomes é o de Ludwig Van Beethoven, que
é reconhecido como o grande elemento de transição entre o Classicismo e o
Romantismo. De fato, ele foi um dos primeiros compositores a dar papel
fundamental ao elemento subjetivo na música. "Saída do coração, que chegue
ao coração", disse a respeito de uma de suas obras. Toda obra
beethoveniana é fruto de sua personalidade sonhadora e melancólica, um tanto
épica, verdadeiramente romântica.
Amadeus Mozart, outro nome na música do mundo é considerado um dos
músicos mais produtivos e prolíficos, a exemplo de Bach, Haydn e Handel. Viveu
no período do chamado classicismo da música, cujo estilo era representado pela
valorização da melodia e o apreço à arte graciosa e simples, em detrimento das
complexidades harmônicas do barroco.
Temos ainda Tchaikovsky, Rossini, Schubert e até mesmo brasileiros
como Heitor Villa Lobos que dizia: ___ “Escrevo minhas obras como cartas à
posteridade, sem esperar respostas”. Todos esses indivíduos tinham um dom dado
por Deus, cada um com sua particularidade criativa, cada um inspirava-se e
inspirava outros com suas obras. Mas todos, na pintura, na música, na
escultura, na literatura, na dança na arquitetura, em todas as áreas da vida
humana, todos serviam aos seus propósitos.
A palavra de Deus, a Bíblia, foi escrita por homens inspirados
pelo Espírito Santo, conforme lemos em 2 Tm 3:16,17 que diz: “Toda a Escritura
divina mente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para
corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e
perfeitamente instruído para toda a boa obra.”
Mas o que inspirou o criador de todas as coisas? O que inspirou
Deus no momento em que se dispôs a criar o mundo e todas as coisas que nele há,
quando criou o universo, suas estrelas, galáxias, planetas e o infinito? Quando
Deus disse: ___”Façamos o homem a nossa imagem e semelhança, o que o motivou a
criar o homem? O ato de criar de Deus vai muito além do que uma simples vontade
humana, muito além da vaidade do homem de ser admirado por sua criação. Vai
muito além do egoísmo humano. Muito além do que sonhamos ou imaginamos, pois os
juízos e os pensamentos de Deus são mais altos dos que o homem possa supor ou
sonhar.
A motivação de Deus em criar o mundo em que vivemos e tudo o que
nele há reside no sentimento mais nobre e lindo do que podemos experimentar:
___ O amor. ___ Foi o amor que o motivou e sempre o motivará, pois ele é ontem,
hoje e será eternamente. O amor o motivou a criar o homem, e foi o amor que o
fez enviar seu único filho para morrer por todos nós na cruz. A morrer por
nossos pecados, “pois todos pecaram e destituídos estavam da glória de Deus”.
Assim diz a palavra de Deus.
O amor de Deus o inspirou
tanto para criar o homem, quanto para salvá-lo da morte eterna livrando-o do
lago de enxofre que está preparado para Satanás e suas hostes, desde a fundação
do mundo. Deus não precisou de nenhuma outra motivação para criar suas obras.
Apenas o amor que o move. E você? O que o inspira em sua vida? O que o motiva a
viver todos os dias que Deus, na sua infinita misericórdia te dá de presente?
“Pois renovadas são a cada manhã a Sua misericórdia e o motivo de ainda não
termos sido consumidos, é a sua misericórdia” Lamentações 3: 22,23. Qual a tua
inspiração de vida?
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