sexta-feira, 26 de agosto de 2016

A FRAGILIDADE DA VIDA



A FRAGILIDADE DA VIDA (J.F.de ASSIS)



A vida é algo tão frágil e momentâneo que se soubéssemos, na verdade, teríamos mais vontade de valorizá-la, pois a vida é algo para ser vivido com intensidade, mas com muita responsabilidade, uma vez que se a perdemos, não a retomaremos de volta. Viver a vida não é nos entregarmos aos prazeres do mundo. Não é satisfazendo as vontades da carne, mas contemplando as maravilhas que foram criadas por Deus para nos servir.
Não precisamos ficar embriagados com o vinho somente por que ele é prazeroso. Beber o vinho não é pecado, mas, nos deixar dominar por seu prazer, sim, isto é pecado. A Bíblia diz que não devemos olhar para o vinho, quando ele estiver cintilante. Ou seja, não devemos nos deixar embriagar por ele, mas admirarmos o seu sabor e a sua deliciosa fragrância. Não precisamos ser um glutão para aproveitar os prazeres de uma boa comida. O prazer não está no montante avultado do prato, mas no prazer de deliciar-se com o sabor dos temperos e sua química, a textura dos legumes e das verduras, a maciez de uma carne suculenta. Comer é algo divino, mas a glutonaria não é de Deus.
Mas a vida é algo maravilhoso criado por Deus, entretanto, se não soubermos vivê-la corretamente, acabaremos por perder esse dom de Deus. Uma vida vivida sem regras está fadada a desaparecer por causa da sua fragilidade. Viver a vida sabiamente é acrescentar mais dias na terra, pois fazendo o contrário, estaremos abreviando-a. Se comparamos a vida como a uma taça de cristal com toda a sua beleza e fragilidade, estaremos encontrando uma das melhores comparações acerca da fragilidade da vida humana.
A vida em todos os seus aspectos é realmente frágil. Não somente a vida humana, mas toda forma de vida é frágil apesar da pureza e da beleza. A natureza cria formas de vida tão frágeis e ao mesmo tempo tão belas que extasiam o olhar humano. Se formos comparar a fragilidade e a beleza das flores, das plantas, dos pássaros, da vida marinha, tudo, tudo que respira é frágil.
E o homem não está acima dessa fragilidade, pois somos pó e ao pó retornaremos. Deus nos deu o dom da vida, apesar da sua fragilidade, mas apesar dessa qualidade, Ele, em sua sabedoria superior, nos deu opções de viver nesta vida frágil momentos de força e de poder. Ele nos deixou a fé, e disse: “Se tivermos fé, faremos coisa ainda maiores das que Ele fez”. Mas a vida comparada à uma taça de cristal por sua fragilidade, nos faz lembrar que o que torna o cristal tão puro, tão belo, tão perfeito, tão superior, tão caro é justamente a sua fragilidade e pureza. O que torna a taça de cristal tão bela e tão frágil é a sua delicadeza.
A vida é algo melindroso que tem que ser tocado com suavidade, atenção, cuidado e com delicadeza. A vida tem que ser vista como algo único. Não existe nas prateleiras das farmácias frascos de vida para substituir a vida de um ser. Você pode criar outro ser, mas não o ser em questão que desaparece. A morte é o antagonista da vida e, por conseguinte, está sempre ao derredor para tragar essa vida.
A forma como vamos apagar o lume de nossa vida na terra, na maioria das vezes somos nós que determinamos, com as nossas atitudes. Mas Deus também pensou nessa possibilidade e nos deu a oportunidade de descobrir nele a continuidade da vida na terra em outra dimensão. Quando Ele nos deu a salvação através de seu filho Jesus, nos tornamos co-herdeiros de Jesus e conquistamos um lugar ao lado do filho de Deus.
A vida é um presente de deus para a humanidade. Ele a criou para que O adorássemos na beleza da sua santidade, desde Adão e Eva, na ocasião da criação de todas as coisas. A vida e sua fragilidade também pode ser comparada a uma flor, que apesar da sua beleza e perfume, textura e forma tem uma curta duração. A vida humana pode ser bela, mas a sua efemeridade nos faz lembrar que temos de cuidar dela com muito zelo e dedicação. E esse cuidar não se refere à futilidade humana.
Cuidar da vida é preservar o que Deus nos deu de presente. Às vezes a futilidade faz o trabalho inverso da preservação da vida. A natureza de Deus criou as coisas e deu a elas equilíbrio para que se mantivessem na terra. Tudo o que quebra esse equilíbrio, traz prejuízos e danos ao ser, em muitos casos, tornam-se   irreparáveis. O apóstolo Paulo cônscio dessa responsabilidade, entregou a sua vida nas mãos de Jesus, quando disse: “Já não sou eu mais quem vivo, mas Cristo vive em mim. ” Precisamos entregar os nossos caminhos nas mãos de Jesus, confiar nele que o mais Ele o fará. Deixemos que Jesus cuide de nossa vida, nos orientando e nos mostrando qual o caminho que devamos seguir.

A vida passa, tudo passa, somente a palavra de Deus não passará. Se cremos que Ele é o caminho a verdade e a vida, então é na fragilidade que nos tornamos fortes e com isto, fazemos a sua vontade. Pois assim como a chama de uma candeia que se apaga ao menor sopro do vento, assim é a FRAGILIDADE DA VIDA.

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