segunda-feira, 15 de agosto de 2016

A NATUREZA DO HOMEM

A NATUREZA DO HOMEM (J.F.DE ASSIS)


Se quiséssemos definir o significado da palavra natureza humana, teríamos de tomar como base a definição que diz que natureza é tudo àquilo que constitui um ser em geral, criado. Essência ou condição própria de um ser ou de uma coisa. Caráter, feitio moral, temperamento. Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, conforme nos afirma a Bíblia Sagrada no Livro de Gênesis. “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se arrasta sobre a terra. “ (Gn 1:26) Ao cria-lo, Deus o dotou de capacidades especiais que o distinguiria dentre as outras coisas que foram também por Deus criadas.
O homem possui dons que lhe foram dados que os animais não possuem. O homem foi criado para que tivesse domínio sobre tudo, então ele teria de ser superior ao que fora criado, para que a hierarquia de Deus se manifestasse no meio em que o homem haveria de viver. O projeto de Deus ao criar todas as coisas que existem na Terra era para que a natureza e o próprio homem adorassem ao Criador.
Quando o homem foi enganado por Satanás, no Jardim do Éden ele foi corrompido pelo pecado. Sua formação original foi alterada, contaminada e, por conseguinte, não era mais o mesmo ser que fora criado com a perfeição de Deus. O homem adquiriu novos hábitos, novas reações, sua mente foi completamente deturpada pelo DNA do pecado. E hoje, o homem muitas vezes tem de lutar contra a sua própria natureza humana, para não se render aos apelos da carne.
O homem passou a experimentar sentimentos e emoções contrários aos que foram soprados pelo Espírito de Deus, quando da sua criação. O homem passou a ter inveja, a maquinar a maldade contra o seu próximo, a ter desejos escusos e a cometer crimes contra a pessoa. O assassinato, o adultério, o roubo, a mentira, a injúria, a luxúria, a lascívia, a blasfêmia, a preguiça, a desconfiança, o medo, a ansiedade, o pânico, a tristeza, a depressão, todos os tipos de vícios que escravizam o homem, como a perversão.
Mas apesar de o homem ter se contaminado com o DNA do pecado, ainda restou no homem o raciocínio, o discernimento do que é certo e do que é errado. Restou-lhe o livre-arbítrio, que permite ao homem refletir e escolher entre o bem e o mal. A natureza humana ainda permite ao homem abrir o seu coração para ver o que Deus criou de belo na Terra.
Os dons que foram dados ao homem servem para que ele adore ao seu Criador com o que ele possui de melhor dentro de si, que é o seu conhecimento, o domínio sobre qualquer coisa, como a arte, a poesia, a música a escultura, o canto mavioso, a dança, a habilidade para realizar uma tarefa complexa, tocar instrumentos musicais, compor sinfonias, ler uma partitura, ser um autodidata em qualquer área da arte e da vida. Ao homem também foi dado a capacidade de se relacionar com outro da sua espécie, pois todos fomos criados pelas mãos de um único oleiro, logo, somos obras únicas de um exímio e destro criador.
Somos um só aos olhos de Deus que nos fez à sua imagem e semelhança. Há uma necessidade premente do homem em se relacionar com outras pessoas, pois ninguém é uma ilha, isolado em si mesmo. E essa necessidade é ainda maior quando o homem sente a falta de Deus em sua vida. Não importa o que faça, não importa o que diga o homem sempre sentirá um vazio em sua vida se não tiver a presença de Deus nos seus caminhos. Mesmo que esteja rodeado de amigos em uma festa, se o seu coração não tiver saciado com a alegria verdadeira e não fugaz do mundo, o homem sempre sentirá falta de Deus.
A alegria verdadeira, a felicidade real só é proporcionada por Deus. Pois o Senhor tem sido o nosso refúgio de geração a geração, Ele é Deus, somos obra de suas mãos, temos em nós a natureza de Deus, pois somos templo do Espírito Santo. Como disse Paulo: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim. ” (Gálatas 2:20) E esta é natureza do homem.
Ao criar o homem à sua imagem e semelhança, Deus o dotou de inteligência. A palavra inteligência, segundo a língua portuguesa é a faculdade de conhecer, compreender e aprender. Capacidade de compreender e resolver novos problemas e conflitos e de adaptar-se a novas situações. O termo inteligência vem do latim intelligentĭa, que, por sua vez, deriva de inteligere. Esta é uma palavra que é composta por dois outros termos: intus (“entre”) e legere (“escolher”). Assim sendo, a origem etimológica do conceito de inteligência faz referência a quem sabe escolher: a inteligência permite, portanto, selecionar/escolher as melhores opções na hora de solucionar uma questão.

As definições de inteligência podem classificar-se em distintos grupos: a inteligência psicológica (a capacidade cognitiva, de aprendizagem e relação), a inteligência biológica (a capacidade de adaptação perante novas situações), a inteligência operativa, entre outras. Em todo o caso, a inteligência abarca a capacidade de entender, assimilar, elaborar informação e usá-la de forma adequada.


Face ao carácter um tanto complexo da inteligência, o conceito pode unicamente ser definido de forma parcial, mediante a enumeração de atributos e processos. Na perspectiva do psicólogo norte-americano Howard Gardner, da Universidade de Harvard, a inteligência é o potencial de cada ser humano, não podendo ser quantificado, mas antes unicamente observado e desenvolvido através de determinadas práticas.

Para além desta postura teórica, a ciência elaborou diversos conceitos e mecanismos para medir a inteligência, geralmente através do quociente intelectual (o chamado QI) dos indivíduos. Este dado é calculado e obtido graças à psicometria, que é o ramo da psicologia que se dedica ao estudo das medições psicológicas. Deus nos criou com esta capacidade chamada de inteligência, para que pudéssemos discernir sobre o bem e o mal e assim escolhermos qual caminho a seguir.

Deus não quis impor ao homem a sua autoridade e majestade para que fosse adorado. Cabe ao homem escolher, sabendo que há somente um caminho que leva à salvação e que só há um mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo, homem. Há um só Deus e depois dele não há outro para que possamos adorar. Temos de usar os atributos que nos foram dados por Deus à serviço do reino de Deus. Somos obra de suas mãos e foi a natureza de Deus que deu vida à NATUREZA DO HOMEM.



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