quinta-feira, 18 de agosto de 2016

LINGUAGEM SADIA E IRREPREENSIVEL

LINGUAGEM SADIA E IRREPREENSÍVEL... (J. F. DE ASSIS)


O Apóstolo Paulo em sua carta que escrevera a Tito cap. 2: 8  exorta-nos para que tenhamos uma linguagem sadia e irrepreensível.  A nossa maneira de falar e como nos expressamos reflete nosso temperamento. Reflete nosso caráter e principalmente, nossa intimidade com Deus. Se tivermos uma linguagem eivada de impropérios e torpezas, nossa mensagem será recebida com desprazer por quem a ouve. Pois não sabemos como o nosso interlocutor considera esse tipo de linguagem. Podemos causar-lhe desconforto e desapontamento.
Quando o Apóstolo Paulo nos diz que devemos ter uma linguagem sadia, quer dizer que não deverá ser acompanhada de gírias, vícios ou torpezas. Sem falar na forma adequada de conduzirmos o discurso, no tocante à entonação, impostação da voz e pontuação. Ao acrescentar irrepreensível, ele nos lembra que ao evitar tal linguagem nociva, estaremos também afastando o inimigo da alma, de nosso meio familiar e social.  O Salmista Davi diz no Salmo 34:13 “Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios de falarem enganosamente.”  A língua saudável é árvore de vida, diz Prov. 15:4.  A língua do sábio é saúde. Então a própria palavra de Deus nos diz que devemos manter a nossa linguagem sadia para que ela seja remédio para quem a ouve. A língua portuguesa define torpe como algo desonesto, impudico, indecoroso, vergonhoso, obsceno, ignóbil, sórdido, repugnante, manchado e sujo.
Se formos aqui analisar cada definição destas palavras teremos mais tristezas ao constatar o que uma palavra torpe representa de negativo em nossa vida e na vida de quem as usa comumente em seu discurso do dia-a-dia. Por exemplo, vejamos o que a língua portuguesa diz sobre algumas dessas palavras: Ignóbil: baixo, vil, desprezível, que não tem honra; vergonhoso, torpe; Ignaro: Que é falto de instrução, ignorante, estúpido, insensato; Torpeza: Qualidade de torpe, procedimento indigno ou ignóbil, abjeção, desvergonha. Imagine tudo isso em uma palavra que soa desconfortável aos seus ouvidos e repetida sequencialmente em uma conversa, mesmo coloquial que seja. Pior ainda se elas estiverem presentes em um discurso formal, em uma palestra, em uma conferência ou em uma sala de aula.
 Como a plateia receberá o palestrante e o tema que será ali discorrido, se as palavras torpes serão mais destacadas do que o discurso? É importante que tenhamos consciência daquilo que falamos, pois o resultado que esperamos irá depender de como articulamos com nossa língua. O Salmista ainda nos diz: “O meu coração ferve com palavras boas; a minha língua é a pena de um destro escritor.” Salmos. 45: 1. Um escritor prima pela forma de sua obra. Ele quer que ela chegue aos corações e os transforme. Para tal, ele irá trabalhar as suas palavras como um artesão trabalha minuciosamente o vaso que irá adornar os ambientes. Deus se alegra com palavras boas e sadias. Soam como música, assim como Davi, com sua harpa, acalmava Saul em suas crises de esquizofrenia, raiva, inquietação e inveja.
Em Jr. 9:08 a Bíblia diz que a língua de quem pronuncia palavras torpes é como “Uma flecha mortífera”.  Alguém que desaprova uma linguagem obscena jamais estará à vontade ouvindo-as. Elas chegam aos seus ouvidos como uma afronta, como uma ofensa. Todo o efeito positivo de um discurso estará fadado ao fracasso, se a linguagem for inadequada e infeliz. A credibilidade de uma fala será afetada se ela estiver acompanhada, engalanada, ataviada de palavras torpes. Todo preparo, toda pesquisa, toda empáfia de um arrogante orador, estarão ameaçados, se uma única palavra torpe fizer parte de seu discurso, pior ainda se todo ele assim o for. É como uma mancha de café em um vestido branco.
Não importa se o vestido estiver repleto de cristais Svarowisk. Sempre aquela mancha negra, que não faz parte do conjunto estará incomodando quem olhar para o vestido. Assim será com o orador que usa palavras torpes em sua fala em qualquer lugar e situação. Um professor não irá impressionar seus alunos, se a sua linguagem for recheada de gírias, vícios de linguagem e principalmente de palavrões. Não importa qual seja a sua área de atuação. Não creio que em outras culturas, as palavras torpes façam parte do discurso de um douto.
Uma pessoa dita intelectualizada não pode lançar mão de um recurso tão vil para expressar suas ideias e pensamentos. Não podemos conceber uma transmissão de conhecimentos contaminada por um vírus como o do palavrão. Deus nos criou seres inteligentes, capazes de discernir sobre o certo e o errado. Deu-nos a capacidade de criar, de imaginar, de pensar e de expressar nossos sentimentos. Ele nos criou sua imagem e semelhança, logo, não dá para imaginar Deus chamando palavrões a torto e a direito nos altos céus, bradando aos anjos. Busquemos nos tonar a estatura de Cristo, transformando-nos pela renovação do nosso entendimento, para que possamos experimentar qual seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus em nossa vida.  Rm. 12:2





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