segunda-feira, 15 de agosto de 2016

ALEGRAI-VOS SEMPRE, AMUAR-SE JAMAI!








ALEGRAI-VOS SEMPRE, AMUAR-SE JAMAIS! (J.F.de ASSIS)



A palavra tristeza é um vernáculo oriundo do latim, tristia, que quer dizer: tristeza ou aflição, que é um estado afetivo duradouro caracterizado por um sentimento de insatisfação e acompanhado de uma desvalorização da existência e do real. A tristeza é uma das "seis emoções básicas” junto com felicidade, raiva, surpresa, medo e nojo. São as chamadas Big Six, as seis grandes emoções, consideradas universais no sentido de que qualquer ser humano, ao senti-las, não conseguirá evitar mostrá-las no rosto e as mostrará sempre com as mesmas expressões faciais. A tristeza pode ainda desenvolver entre outros sentimentos o da Melancolia, que é um vernáculo advindo do grego μελαγχολία - melagcholía; de μέλας - mélas, "negro" e χολή - cholé, "bílis" é um estado psíquico de depressão com ou sem causa específica. Caracteriza-se pela falta de entusiasmo e predisposição para atividades em geral. A tristeza também pode ser definida justamente como o ato no qual nossa potência de agir é diminuída ou contrariada.

A tristeza é uma experiência comum na infância e reconhecer tais emoções podem tornar mais fácil para as famílias enfrentarem problemas emocionais mais graves, embora algumas famílias podem ter uma regra (consciente ou inconsciente) de que a tristeza não é "permitida". Alguns estudiosos da matéria sugerem que isso pode causar problemas, porque com a tristeza "desativada" ficamos um pouco superficial e maníacos.

A tristeza é parte do processo normal da criança separar uma simbiose precoce com a mãe e se tornar mais independente. Toda vez que uma criança se separa um pouco mais, ele ou ela terá que lidar com uma pequena perda. Se a mãe não pode permitir o sofrimento menor envolvido, a criança nunca aprenderá a lidar com a tristeza por si mesma. 

A tristeza pode ainda gerar um sentimento também incômodo para quem a cultiva: a angústia.  A qual é uma palavra também originária do Latim angustia, que quer dizer: entre outras coisas, aperto no coração, carência, ansiedade e sofrimento. Juntamente com a tristeza, um sentimento que vai corroendo o indivíduo aos poucos e silenciosamente é o sentimento da carência, que tem a ver com a falta ou privação de algo. É também um vernáculo advindo do Latim, carentĭa. Já o verbo carescĕre, significa ter a falta de algo. A tristeza gerada por esses sentimentos pode levar o indivíduo a um estado de prostração e completa entrega.

“Esquece essa tristeza que te definha feito erva daninha, crestando a tua beleza. Envida-te para a vida, que a viver te convida. Que seja o amor o teu aliado, o óleo sagrado, na alegria ou na dor.” (Poesia ALEGRAI-VOS de J.F.de ASSIS). Com estes versos ilustro meu pensamento sobre como enfrentar esse sentimento nefasto do homem. A tristeza é um sentimento contrário ao que Deus colocou dentro da tua alma: ___A alegria! ___ Veja a vida por outro prisma, veja que em tudo Deus te mostra uma solução. Deus criou as cores para também te alegrar e as criou de diversas nuances, justamente para que atendesse a todos os tipos de gostos. Afinal, o que seria do azul se todo mundo só gostasse do cinza? Ou o que seria da cor rosa, se todo mundo gostasse somente do violeta? Deus é um artista nato e cria as suas obras com perfeição sem admitir acabamentos. Nós é que distorcemos a imagem e semelhança daquilo que Ele imprimiu em nós no momento da nossa criação. Na maioria das vezes, nós embaçamos essa imagem e perdemos o foco do que Deus tem para nós.

A tristeza é uma dessas formas de embaçamento da imagem real. Quando nos desviamos do propósito para o qual nós fomos criados, também embaçamos a imagem e ficamos a dar voltas, andando em círculos. Esquece essa tristeza que te deixa prostrado em uma cama, em uma poltrona com o olhar perdido no horizonte cinzento, sem cor. Veja que a vida pulsa lá fora, o sol está brilhando, causticante às vezes, mas necessário para a manutenção da vida que Deus nos presenteou. Você já pensou no fato de que se apenas tivéssemos invernos na vida? Fomos criados para termos equilíbrio neste mundo. Tudo foi planejado nos mínimos detalhes, nada ficou despercebido ou esquecido.

Levante-se, observe os pássaros que já estão cantando desde as primeiras horas da madrugada anunciando a aurora. Eles ficam excitados quando percebem as primeiras cores do amanhecer, pois eles, os pássaros, são os primeiros seres a testemunhar a maravilha do amanhecer. Observe que o sol, impaciente, mas convicto de sua posição, esperava pelo fim da madrugada. Esperava que esta fizesse seu ato final no palco do mundo. Tudo o que tem fôlego rende graças ao Criador, como paga por tudo o que Ele nos provê. Saia levante-se e tome uma atitude de lutar contra o que está te oprimindo. Observe as formigas, elas são incansáveis, determinadas e organizadas.

Não é à toa que a própria Palavra de Deus nos exorta em Provérbios 6:06 "Vai ter com a formiga, ó preguiçoso." Até quando ficarás deitado, esperando a morte chegar? Tome uma atitude, lembre-se de que Deus te fez mais do que vencedor, em Cristo Jesus. Bata a poeira, respire fundo e diga: ___ Eu sou guerreiro (a)! Nada me abate, pois eu fui criado (a) para dominar sobre tudo o que existe. Eu posso tudo naquele que me fortalece. Sou capaz e sou tudo o que a Palavra de Deus diz que eu sou. Envida-te para a vida que a viver te convida. Que seja o amor o teu aliado, o óleo que te ungirá e aos outros com força, coragem e fé. Anima-te, pois o Senhor, hoje, fará maravilhas no meio de vós. Vá em frente nessa tua força, pois o Senhor é contigo. Esquece o pranto, fruto do desencanto. Alia-te ao tempo, burilando o ressentimento. Abre teu coração para a vida, grandes oportunidades estão a tua espera. E não vos esqueçais: ALEGRAI-VOS SEMPRE, AMUAR-SE JAMAIS!


Alegrei-me quando me disseram: Vamos a casa do Senhor!. A célebre frase do salmista Davi, registrada no Salmo 122, destaca o sentimento do povo quando se dirigia para Jerusalém a fim de celebrar as festas prescritas na Bíblia. A mais importante delas, a Páscoa, relembrava a maneira maravilhosa como Deus libertou o povo israelita do Egito, após uma estadia de mais de 400 anos, uma boa parte passada como escravos. Até hoje, ir a Jerusalém significa visitar um dos locais mais frequentados do mundo e conhecer de perto os locais históricos de muitos relatos bíblicos, além de testemunhar a tensão entre as maiores religiões do mundo moderno. Cristãos e muçulmanos desejam ardentemente pisar no solo da "cidade santa" ao menos uma vez para contemplarem os locais relatados na história antiga.

Há dois mil anos atrás um israelita, filho de carpinteiro, também desejava ir à cidade em que estivera outras vezes. O Evangelho de Lucas, capítulo 9, contém palavras que descrevem a intenção obstinada deste Peregrino, a tal ponto de os Seus seguidores - e mesmo pessoas das cidades por onde ele passava, perceberem nitidamente. Sua intenção. Era como se estivesse escrito em Sua testa: "Vou para Jerusalém" (Lucas 9:51-56).

Celebrar a Páscoa em Jerusalém era uma imensa alegria para os judeus daquela época (acredito que o é para cristãos também ainda hoje). Havia momentos solenes dentro do templo e refeições especiais que lembravam os acontecimentos históricos de milhares de anos. Canções eram entoadas com os versos da Escritura nos quais Deus era exaltado e Seus feitos eram solenemente lembrados, fosse na congregação junto ao templo ou nas reuniões familiares. Daí o porquê da exclamação de Davi, no Salmo 122. Estar na capital da Judéia era e continua sendo uma experiência única.

Mas olhando para outra passagem que faz parte do mesmo contexto, Lucas 18:31, vemos Jesus descrevendo o que aconteceria a Ele estando lá. São palavras bem opostas à alegria e êxtase de um lugar tão concorrido. Lá Ele seria ultrajado, açoitado, difamado, humilhado e, por fim morto. Sabendo disso, de antemão, como alguém poderia desejar tão ardentemente estar naquela cidade?
Sim, Ele desejava. Sua missão de amor à humanidade incluía Seu sacrifício, da mesma forma que eram mortos animais sem defeito para pagar pelo perdão de pecados. O sangue derramado sobre o altar indicava que alguém havia recebido o induto de Deus. Jesus, o "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo", como diria João Batista (João 1:29), sabia que era chegada a hora de enfrentar seu maior desafio.

De maneira intrépida, sem qualquer hesitação, Ele Se dirigiu ao local de Sua última grande realização, enquanto Ser visível, para marcar o tempo entre antes e depois e para abrir o acesso à presença de Deus a todos os que O recebessem, que O aceitassem como único sacrifício pelo perdão dos pecados.
O Filho do Homem, como Ele costumava referir-Se a Si mesmo, passaria por todas estas angústias e faria nesta grandiosa obra para só então reassumir Sua divindade junto à eternidade, não como uma alma desencarnada, mas como um Ressurreto, como Quem venceu todos os inimigos para dar à humanidade a esperança de uma vida realmente relevante, capaz de ser vitoriosa sobre as tendências malignas, sobre a rebelião contra a vontade de Deus, sobre o vazio existencial da falta de propósitos e sobre a influência satânica. E, por último, triunfou sobre a morte porque o "dom gratuito de Deus é a vida eterna" (Romanos 6:23).

Ele afirmara ser a ressurreição e a vida, quando trouxe Lázaro da sepultura após quatro dias da morte daquele homem (João 11:25) e agora tinha a oportunidade de deixar-Se moer, deixar-Se enfermar, como disse o profeta Isaías (Isaías 53:5), para reassumir não apenas Sua própria vida, mas fazer da vida a eternidade.

Jesus cumpriu tudo o que se dizia a Seu respeito e hoje, vivo, continua a representar o amor de Deus pela humanidade e a paz com Deus, tendo apagado o escrito da dívida contraída pelo ser humano ainda no paraíso, no princípio de tudo. Seu poder é tão grande que as pessoas ainda encontram o perdão, a misericórdia, a satisfação, a plenitude e muito mais não apenas para si próprios, mas para viverem, amarem e servirem a Deus e ao próximo. A lei de Deus que se resume nos dois mandamentos (amar a Deus e ao próximo - Marcos 12:30-31) é cumprida não por força da obrigação, mas em resposta ao amor incondicional que foi capaz inclusive de transformar duas vigas de madeira, antes sinal de maldição, no maior símbolo de graça, de misericórdia. Hoje vamos à casa do Senhor! Amanhã, depois e todos os dias continuaremos na presença do Santo dos santos, pois o véu foi rasgado, o caminho está livre e os braços do Pai estão abertos para receber-nos.

O autor do salmo 122 inicia o texto declarando sua satisfação e pleno contentamento com o convite recebido e prontamente aceito de subir a Jerusalém e participar das celebrações em louvor e adoração a Deus. Participar do culto público é realmente um imenso e imerecido privilégio que devemos valorizar ao máximo, sendo cada oportunidade singular. O salmo 84 descreve os tabernáculos de Deus como amáveis, encontrando-se a alma do adorador envolta num desejo tão intenso de cultuar ao seu Criador que seu estado é descrito como prestes a desfalecer. O salmista classifica como “bem-aventurados” os que habitam na casa do Senhor, afirma que “um dia” nos átrios de Deus, “vale mais que mil” em qualquer outro lugar; e que prefere estar à porta da casa do seu Deus, “a permanecer nas tendas da perversidade”.
O salmo 42 retrata a angustia do adorador em decorrência do exílio que lhe fora imposto, estando, assim, longe do templo e privado do culto a Deus. Seu estado é comparado ao de um animal sedento prestes a perecer – “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo. ” Não poder participar do culto público que ao Senhor é devido certamente se constitui em uma das maiores privações que o cristão pode sofrer.
Apesar do ensino bíblico quanto à participação no culto ao Senhor como dádiva graciosa de Deus e, portanto, digna da mais alta estima e consideração, com tristeza constatamos que o comportamento de alguns irmãos durante os momentos de celebração denota desprezo, descaso, indiferença e desrespeito para com o serviço divino. Não é incomum observarmos conversas paralelas, risadas e a realização de brincadeiras por pessoas adultas no transcurso dos atos de adoração ao Senhor.
“Guarda o teu pé, quando entrares na Casa de Deus” é a solene advertência do escritor bíblico (Eclesiastes 5:1), pois o ato de culto deve ser realizado com reverência e santo temor. Certamente o autor inspirado não está ensinando que a bênção de cultuar a Deus é algo triste, sombrio, enfadonho ou melancólico. Antes devemos ser fervorosos, participativos, alegres, dinâmicos sem, contudo, nos portarmos de forma frívola, leviana, irresponsável e desrespeitosa.
Corrigindo graves distorções quanto ao culto, que comumente eram praticadas na igreja de Corinto, o apóstolo Paulo determina que “tudo, porém, seja feito com decência e ordem”. Nosso comportamento em geral e, de forma peculiar, durante a adoração, deve ser marcado pela decência e pela ordem. E não devemos nunca esquecer o que diz a palavra do Senhor: Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto não vos entristeçais; porque a alegria do Senhor é a vossa força. Neemias 8:10










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